Novo estado quântico da matéria é descoberto,
afirmam cientistas
AVANÇO PROMETE
AUMENTAR OS RECURSOS DE ARMAZENAMENTO EM DISPOSITIVOS ELETRÔNICOS E APRIMORAR A
COMPUTAÇÃO QUÂNTICA (FOTO: PIXABAY)
Uma equipe de físicos da Universidade de Nova York, nos Estados Unidos,
descobriu um novo estado da matéria. Segundo eles, o avanço promete
aumentar os recursos de armazenamento em dispositivos eletrônicos e aprimorar a
computação quântica.
A matéria pode assumir muitas formas, desde os conhecidos sólido,
líquido e gasoso, até estados mais complexos, que são encontrados apenas quando
as substâncias são levadas aos limites da física. Graças aos pesquisadores um
novo estado de matéria foi descoberto e batizado de "supercondutividade
topológica".
O achado foi feito graças à análise de uma quasipartícula,
um distúrbio que ocorre em um meio e que, convenientemente, pode ser
considerado uma partícula. Dentre as quasipartículas está o Férmion de
Majorana, que tem como si mesma sua antipartícula, ou seja, ambas têm a
mesma massa, mas cargas físicas opostas.
Em sua pesquisa, os especialistas analisaram a transição do estado
quântico de convencional para topológico, medindo a barreira de energia entre
ambos. Depois, complementaram o estudo medindo diretamente as características
de assinatura dessa transição — tudo isso no parâmetro de ordem que governa a nova
fase de supercondutividade topológica. Finalmente, a equipe desenvolveu
uma nova plataforma, ou seja, uma nova forma de matéria, na qual cálculos
poderão ser realizados em computadores quânticos.
Para entender melhor
Computadores quânticos usam o poder da mecânica quântica para realizar tarefas computacionais, como fazer cálculos complexos, com extrema facilidade. Isso porque, enquanto a tecnologia convencional processa informações via bits digitais (que pode ser 0 ou 1), os dispositivos quânticos usam bits quânticos (qubits) para tabular qualquer valor entre 0 e 1, elevando exponencialmente a capacidade e a velocidade do processamento de dados.
Computadores quânticos usam o poder da mecânica quântica para realizar tarefas computacionais, como fazer cálculos complexos, com extrema facilidade. Isso porque, enquanto a tecnologia convencional processa informações via bits digitais (que pode ser 0 ou 1), os dispositivos quânticos usam bits quânticos (qubits) para tabular qualquer valor entre 0 e 1, elevando exponencialmente a capacidade e a velocidade do processamento de dados.
Contudo, para que essa tecnologia funcione bem, a área precisa ser mais
estudada — e é justamente isso que o estudo analisou. Como as unidades de
cálculo dessas máquinas são bastante delicadas e podem ser influenciadas pelo
ambiente, tem se sugerido que os Férmions de Majorana poderiam produzir
"bons" qubits, pois são partículas mais resistentes.
Até então, acreditava-se que os Férmions de Majorana emergiam em certas
transições de fase dos supercondutores, mas foi só graças à nova pesquisa que o
fenômeno pôde ser observado: “A nova descoberta de supercondutividade
topológica em uma plataforma bidimensional abre o caminho para a construção de
qubits topológicos escaláveis, não só para armazenar informações quânticas, mas
também para manipular os estados quânticos livres de erros”, disse Javad
Shabani, um dos autores do estudo, em comunicado.
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