quinta-feira, 25 de abril de 2019

Físicos confirmam a existência de um novo estado de matéria

A descoberta prova que os estados sólido, líquido ou gasoso não são os únicos.
Até agora, os átomos na matéria física foram compreendidos por existir tipicamente em um dos três estados – sólido, líquido ou gás. Uma equipe internacional de físicos liderada pela Universidade de Edimburgo descobriu, no entanto, que alguns elementos podem, quando submetidos a condições extremas, assumir as propriedades dos estados sólido e líquido.



A aplicação de altas pressões e temperaturas ao potássio cria um estado no qual a maioria dos átomos do elemento forma uma estrutura de rede sólida.
No entanto, a estrutura também contém um segundo conjunto de átomos de potássio que estão em um arranjo de fluido.
“O potássio é um dos metais mais simples que conhecemos, mas se você o apertar, ele forma estruturas muito complicadas”, disse o principal autor, Andreas Hermann , da Escola de Física e Astronomia da Universidade de Edimburgo.
Até agora, não estava claro se essas estruturas representavam um estado distinto da matéria – chamado de estado de derretimento da cadeia – ou existiam como estágios de transição entre dois estados distintos.
O Dr. Hermann e colegas usaram poderosas simulações de computador para estudar a existência do novo estado.
A simulação de como 20.000 átomos de potássio se comportam sob condições extremas revelou que as estruturas formadas representam o estado estável de derretimento em corrente.
“Aplicar pressão aos átomos leva à formação de duas estruturas de treliça sólidas interligadas”, disseram os pesquisadores.
“As interações químicas entre átomos em uma rede são fortes, o que significa que elas permanecem em uma forma sólida quando a estrutura é aquecida, enquanto os outros átomos se fundem em um estado líquido.”
“Acredita-se que mais de meia dúzia de elementos – incluindo sódio e bismuto – sejam capazes de existir no recém-descoberto estado”. [Sci-News]

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quinta-feira, 18 de abril de 2019

Novo estado da matéria é descoberto em supercondutor


Uma equipe de pesquisadores do Departamento de Energia dos Estados Unidos e da Universidade de Alabama descobriu um novo estado de matéria notavelmente duradouro em um material supercondutor de ferro.
Supercondutividade é o fenômeno do desaparecimento completo da resistência elétrica em certos materiais. Nesse estado estranho da matéria, o emparelhamento de elétrons faz com que eles se movam mais rápido.
“Um dos grandes problemas que estamos tentando resolver é como diferentes estados em um material competem por esses elétrons, e como equilibrar competição e cooperação para aumentar a temperatura na qual um estado supercondutor emerge”, explica Jigang Wang, físico do Laboratório Ames do Departamento de Energia dos Estados Unidos.
O novo estado sugere uma formação de comportamentos coletivos induzida por laser que competem com a supercondutividade.
Método
Wang e sua equipe usaram pulsos de laser de menos de um trilionésimo de segundo para tirar uma série de fotos, da mesma maneira que a fotografia com flash.
Chamada de espectroscopia de terahertz, esta técnica pode ser considerada como “fotografia estroboscópica a laser”, onde muitas imagens rápidas revelam o sutil movimento do emparelhamento de elétrons dentro dos materiais usando luz infravermelha de comprimento de onda longo.
“A capacidade de ver essas dinâmicas e flutuações em tempo real é uma maneira de compreendê-las melhor, para que possamos criar dispositivos eletrônicos supercondutores e dispositivos eficientes em termos de energia”, explicou Wang.
Os resultados revelaram uma dinâmica não linear incomum de um par de Cooper (um par de elétrons ligados de uma certa maneira) e um estado de não equilíbrio impulsionado pela fotoexcitação da supercondutividade em pnictides de ferro.

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quarta-feira, 17 de abril de 2019


Caro aluno, alguma vez você já se perguntou o que quer fazer depois de terminar os seus estudos no CEEJA? Caso você já tenha optado por fazer algum curso superior ou ainda esteja indeciso, prestar o ENEM é uma ótima chance de conseguir ingressar nas universidades de maneira gratuita! Mas caso você ainda tenha algumas dúvidas quanto ao ENEM continue lendo o texto abaixo ou, caso já conheça o exame, clique no link no final da postagem para ter acesso ao último caderno de provas.

Por que fazer o Enem?
1.     Você precisa do Enem para entrar em universidades federais
Instituições e universidades federais têm toda autonomia para escolher de que forma vão usar o Enem em seu processo seletivo. Muitas deles passaram a usar a inscrição no Sistema de Seleção Unificado, o Sisu, como único critério, mas outras ainda preferem fazer uma combinação entre a nota do Enem e a nota do próprio vestibular. Por isso é muito importante não dar bobeira e ficar atento à forma como a universidade onde você deseja estudar costuma usar a nota do Enem.

2.     Você precisa do Enem para participar do Sisu
São várias as universidades que decidiram usar o Sisu como única forma de ingresso. O Sisu tem duas edições por ano (no início de cada período letivo) e você usa a sua nota do Enem para concorrer com outras pessoas do curso desejado em universidades participantes de todo o Brasil. São quatro dias de concorrência através de um sistema online e, no final de cada dia, o candidato pode acessar o site o sistema e ver a nota de corte do curso pretendido e a sua posição dentro do número de vagas ofertadas.


3.     Você precisa do Enem para participar do Sisutec
Sisutec funciona exatamente nos mesmos moldes do Sisu, a única diferença é que ele serve especificamente para quem já terminou o Ensino Médio e quer entrar em um curso técnico em institutos federais, estaduais ou municipais.

4.     Você precisa do Enem para participar do Prouni
O Programa Universidade Para Todos (Prouni) é uma medida do governo federal que oferece bolsas de estudo para estudantes de baixa renda ingressarem em universidades privadas. Para participar, é necessário fazer, no mínimo, 450 pontos na médias das notas da provas, além de não zerar a redação do Enem, e ter a renda familiar per capita de até três salários mínimos. Se esse é o seu caso, você só precisa atender a mais um dos pré-requisitos a seguir:

·         ter cursado todo o Ensino Médio em escola pública;

·         ter cursado todo ou parte do Ensino Médio em escola privada com bolsa integral;

·         ser portador de deficiência física;

·         ser professor da rede pública de ensino básico e estar concorrendo a cursos de pedagogia, normal, superior ou licenciaturas (nesse caso, a renda familiar não importa).

Se você se encaixa nesse perfil, o principal critério de seleção do Prouni passa a ser a nota do Enem!

5.     Você precisa do Enem para participar do Fies. O Fundo de Financiamento Estudantil (Fies), como o nome já sugere, é uma espécie de empréstimo do governo para o estudante. O programa serve para quem quer estudar, ou para quem já estuda em uma universidade privada, mas não pode arcar com o valor integral da mensalidade naquele momento. O procedimento varia de acordo com o perfil do interessado. Mas, em resumo, funciona assim: o aluno completa o curso desejado com bolsa e, depois que se formar, paga a dívida ao governo com juros baixos. É importante destacar que quem terminou o Ensino Médio a partir de 2010 precisa ter feito o Enem para solicitar o Fies.

6.     Você pode usar sua nota no Enem para estudar em Portugal

Essa é para quem quer estudar no exterior! Desde 2014, algumas universidades de Portugal passaram a aceitar o resultado do Enem em seu processo seletivo para graduação. São aceitas candidaturas de quem prestou o Enem em anos anteriores. O único porém é a taxa de mensalidade, que é em euro. Se é o seu sonho, saiba que é possível! Confira a lista de universidades conveniadas com o Inep.

E o Certificado de Conclusão do Ensino Médio através do Enem?
Atenção! Essa é uma das grandes mudanças dos últimos anos, por isso é tão importante entender como funciona o Enem. Desde 2017, o teste não é mais válido para certificar a conclusão do ensino médio. Mas, calma: quem não terminou os estudos na idade regular deve prestar o Encceja, que é o Exame Nacional para Competências de Jovens e Adultos — é gratuito!
O Enem agora é focado para candidatos interessados em disputar uma vaga nas diversas universidades associadas. Com isso, o público total diminuiu um pouco (foram 6,7 milhões de inscritos em 2017!), e as estatísticas de notas mudaram também. Fique atento!



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Vídeos EJA mundo do trabalho e vídeo aulas em libras

Caro aluno, afim de auxiliar o seu estudo, segue abaixo um link contendo um apanhado dos vídeos do material EJA Mundo do trabalho e, para os alunos surdos, uma seleção de vídeo aulas em libras!


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quinta-feira, 11 de abril de 2019

O que revelam os sinais recebidos pela Nasa da sonda New Horizons, que passou pelo objeto mais distante já explorado


Ilustração: Ultima ThuleDireito de imagemNASA/JHU-APL/SWRI
Image captionOs dados enviados pela sonda confirmam que o formato do objeto lembra o de um amendoim

Após sobrevoar o corpo celeste mais distante já visitado por um equipamento criado pela humanidade, a sonda New Horizons enviou para a Nasa sinais de confirmação dos primeiros dados, recebidos pela agência espacial americana nesta terça-feira.
Os sinais confirmaram que a sonda conseguiu sobrevoar, fazer captura de imagens e análises científicas do corpo celeste conhecido como Ultima Thule – que está a cerca de 6,5 ​​bilhões de quilômetros de distância da Terra e se tornou o objeto celeste mais distante já explorado pela humanidade.
"A Ultima Thule está finalmente revelando seus segredos", diz Hal Weaver, pesquisador do Laboratório de Física Aplicada da Universidade Johns Hopkins, responsável pela missão.
A Ultima Thule tem cerca de 16 quilômetros de comprimento e está localizada no chamado cinturão de Kuiper - composto principalmente por corpos celestes de gelo, remanescentes da formação do Sistema Solar -, além da órbita de Netuno.

Formato da Ultima Thule, de acordo com os dados enviados pela New HorizonsDireito de imagemNASA
Image captionFormato da Ultima Thule, de acordo com os dados enviados pela New Horizons

Os primeiros dados da New Horizons, recebidos nesta terça, confirmam que ela tem um formato alongado, com a massa concentrada em dois polos – formato mais ou menos parecido com um amendoim com casca ou um pino de boliche.
Os cientistas já tinham indícios de que esse era seu formato. "Em 2017, ela passou em frente a uma estrela e conseguimos ver que ela era alongada e tinha essa formato com dois polos. Isso é comum entre asteroides e cometas", explica um dos cientistas da missão.
Segundo Weaver, o corpo celeste diminuto é "provavelmente o objeto mais primitivo já encontrado por uma espaçonave, a melhor relíquia possível do antigo Sistema Solar".
Lançada em janeiro de 2006, a sonda New Horizons já havia feito história em 2015, quando passou pelo planeta-anão Plutão e enviou dados e fotos de volta para a Terra – foram as informações mais detalhadas conseguidas sobre o planeta.

Pouco a pouco

Os cientistas tinham dados que apontavam que o objeto era alongado e estava girando, mas esperavam que houvesse variações no brilho que ele refletia. No entanto, não era possível observar essa variação da Terra.
Os dados enviados pela sonda deram uma explicação para essa anomalia.
"Não há mudança no brilho porque ele estava girando, então, vimos sempre o mesmo lado", explicou Weaver.
Como a sonda está a uma distância muito grande da Terra, a velocidade de transmissão de informações de volta para a Nasa – através de ondas de rádio – é muito baixa.
Os sinais levam seis horas e oito minutos para chegar ao nosso planeta e as taxas de transferência de dados são de cerca de 1 mil bits por segundo.
Portanto, as primeiras imagens enviadas são de baixíssima resolução, basicamente um borrão pixelado e em preto e branco.

Mapa Ultima Thule

As imagens coloridas, de baixa resolução, devem chegar e ser divulgadas ao longo dessa semana.
Mas as imagens de alta resolução só devem chegar em fevereiro.
Ao contrário do encontro com Plutão em julho de 2015, não haverá imagens progressivas da aproximação para serem admiradas. Ultima Thule permaneceu um borrão no visor praticamente até as últimas horas do sobrevoo.
A New Horizons chegou mais perto de Ultima Thule – 3,5 km – do que de Plutão, o que é bom para o nível de detalhamento das imagens.

Primeiras imagens da Ultima Thule são borrões em preto e brancoDireito de imagemNASA
Image captionPrimeiras imagens da Ultima Thule são borrões em preto e branco

Nos próximos dias, os cientistas da missão vão analisar as imagens e os dados que estão chegando e devem divulgar mais informações sobre as descobertas feitas.

Por que a New Horizons passou por Ultima Thule?

A Nasa queria explorar algo além de Plutão e esse objeto era alcançável. Curiosamente, só foi descoberto há quatro anos pelo telescópio Hubble.
Catalogado inicialmente como (486958) 2014 MU69, o corpo celeste recebeu o nome de Ultima Thule com base em uma consulta pública promovida pela Nasa. É um termo em latim que significa algo como "um lugar além do mundo conhecido".
Como muitos objetos do cinturão de Kuiper que têm seu tamanho, é provável que seja composto por muito gelo, poeira e talvez alguns fragmentos de rochas maiores, que se juntaram nos primórdios do Sistema Solar – os cientistas devem ter mais detalhes sobre sua composição e superfície a partir da análise dos dados enviados pela New Horizons nos próximos dias.

PlutãoDireito de imagemNASA/JHU-APL/SWRI
Image captionOs detalhes das imagens em alta resolução devem ser melhores do que as de Plutão, mas só devem chegar em fevereiro

Observações telescópicas distantes sugerem que sua superfície é muito escura, com uma coloração levemente avermelhada. Essa escuridão (que reflete apenas cerca de 10% da luz que bate em sua superfície) se deve ao fato de ter sido "queimada" durante eras por radiação de alta energia - como raios cósmicos e raios-X.
A New Horizons estudou a forma, a rotação, a composição e o ambiente de Ultima Thule.
Os cientistas querem saber como esses mundos longínquos surgiram. Uma teoria é que eles foram criados a partir da acumulação de massa de um grande número de grãos do tamanho de uma pedra.
Ilustração da New HorizonsDireito de imagemNASA

Image captionFaz três anos que a sonda passou por Plutão

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terça-feira, 2 de abril de 2019

Primeira foto de um buraco negro será divulgada na próxima semana

Prepare-se para o que pode ser um dos maiores anúncios da ciência do século: parece que os astrônomos estão prestes a revelar a primeira imagem de um buraco negro.
O projeto do Telescópio do Horizonte de Eventos (EHT) estará participando de várias entrevistas coletivas em todo o mundo no dia 10 de abril para fazer um grande anúncio sobre “um resultado inovador”. Eles resolveram se manter a par de quaisquer detalhes, no entanto, é bastante certo que eles revelarão os primeiros resultados de sua missão de tirar uma foto do horizonte de eventos de um buraco negro, proporcionando uma visão sem precedentes de um dos fenômenos mais misteriosos do universo.
Primeira simulação computacional de um buraco negro.
Um buraco negro é uma porção do espaço-tempo com efeitos gravitacionais tão fortes que nada – nem mesmo a luz – pode escapar de seu alcance. Isso significa que não é possível capturar uma imagem direta de um buraco negro, pois eles estão totalmente ausentes da luz visível por sua própria condição natural. Eles também englobam todas as outras formas de radiação eletromagnética, o que significa que você não pode observá-las usando ondas de rádio, raios-X, raios gama ou qualquer outro tipo de telescópio.
Podemos, no entanto, observar o seu horizonte de eventos, o “ponto de não retorno” de um buraco negro, além do qual nada pode escapar. Portanto, a imagem será efetivamente uma “silhueta” de um buraco negro.
O projeto do Telescópio Event Horizon consiste em uma rede global de radiotelescópios espalhados pelo planeta com os olhos virados para Sagitário A*, um buraco negro supermassivo no centro da Via Láctea, e para o buraco negro na gigante galáxia elíptica M87. Ao compilar todos os seus dados, eles são capazes de criar um telescópio com um diâmetro equivalente a todo o planeta Terra.
Durante vários anos, eles se dedicaram ao objetivo de observar o ambiente imediato de um buraco negro. O projeto coletou seus dados em abril de 2017, no entanto, leva vários anos para processá-los e produzir uma imagem final.
Considerando o quão importante é o anúncio, existe a possibilidade de que esse seja um momento de “missão cumprida”. Então, pegue um pouco de pipoca e prepare-se para quarta-feira, 10 de abril de 2019, às 10h (horário de Brasília). O evento será transmitido ao vivo no site do ESO e pelo canal YouTube do Conselho Europeu de Pesquisa, no qual você poderá assistir no play abaixo. [IFLS]

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Brasileira ganha prêmio internacional por sua pesquisa em energia escura

Marcelle Soares-Santos venceu o Alvin Tollestrup Award (Prêmio Alvin Tollestrup) de Melhor Pesquisa de Pós-doutorado deste ano por suas c...