terça-feira, 4 de dezembro de 2018

Cientistas chineses podem ter criado bebês imunes a HIV, varíola e cólera

Cientistas chineses podem, segundo o site Technology Review do MIT, ter criado primeira geração de bebês modificados geneticamente para se tornarem imunes ao HIV, varíola e cólera, através da eliminação do gene chamado de CCR5. A liderança do projeto é do cientista He Jiankui. Seriam os primeiros bebês, Lulu e Nana, participantes de uma cirurgia genética como batizou He.

Segundo o site, eles usaram uma tecnologia conhecida como CRISPR, que seria barata e fácil de implantar, que pode modificar geneticamente um embrião para evitar certas doenças como as que teriam sido feita em um casal de gêmeas.

pesquisa de He foi anunciada na segunda-feira (26) e causou uma resposta negativa por parte da comunidade científica internacional.

O pesquisador chinês disse que editou os genes de gêmeos, que nasceram com resistência à infecção por HIV. O estudo não foi publicado em revistas científicas. Os nomes dos envolvidos – mãe, bebês, pesquisadores que participaram – não foram divulgados.

He diz que modificou os genes dos bebês com a ajuda do Crispr, técnica de edição genética que é alvo de fortes debates éticos pelo mundo.
O Crispr surgiu há seis anos e, desde então, revistas científicas e órgãos internacionais debatem até onde podemos mexer no código genético humano. A técnica de edição é simples e barata, e o que pode fazer, segundo a "Science", uma revolução.

Os cientistas descobriram como "recortar" uma parte do DNA com a ajuda de uma enzima no sistema de defesa das bactérias. Os pesquisadores usam a Cas9 junto com um RNA "guia" para mudar a parte que é de interesse no DNA.
 anúncio do chinês que teria editado o DNA de bebês causou protestos de cientistas ao redor do mundo. Segundo especialistas, ele feriu a ética, as leis, a segurança, e tem consequências imprevisíveis.

"No momento em que a gente tiver certeza que o Crispr só atua naquele gene, então ótimo — então vamos usar o Crispr e evitar os genes que estão criando problema. O problema é que você, quando está editando um gene, pode estar alterando outros genes aleatoriamente e não ter o controle disso. A gente ainda não chegou nesse ponto ainda — estamos caminhando, mas ainda não chegamos lá", afirmou a geneticista Mayana Zatz, diretora do Centro de Pesquisa sobre o Genoma Humano, da USP.


Esperamos que você tenha gostado desta informação! Caso queira debater ou tenha alguma dúvida referente ao assunto, será um prazer recebê-lo na sala de física, estamos lhe aguardando!





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